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SAÚDE



   




A dívida de nove municípios com o Hospital São Francisco, de Francisco Beltrão, pelo serviço de urgência-emergência chega a R$ 927.784,75. Seis municípios devem cerca de R$ 512 mil para a instituição de saúde. Três municípios devem cerca de R$ 313 mil - as duas somas foram arredondadas. Estes valores foram apresentados pela diretora financeira do hospital, médica Páscoa Minussi, na reunião conjunta do Conselho Regional de Secretários municipais de Saúde (Cresems) e da Associação Regional de Saúde do Sudoeste (ARSS), da qual fazem parte os prefeitos dos 27 municípios da microrregião, na tarde de ontem, na Amsop.
Dra. Páscoa fez um amplo relato sobre a situação da casa de saúde, que atualmente atende 90% dos pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS) da região. Ela salientou a necessidade de reajustar o valor per capita dos municípios de R$ 0,30 para R$ 2. O município de Beltrão também teria de aumentar o valor em 50% - hoje a prefeitura paga R$ 0,60. O valor surpreendeu os prefeitos. Surpresa também para alguns prefeitos sobre as dívidas apresentadas. Para manter o serviço de urgência-emergência, conforme a diretora, seriam necessários R$ 830.250.
O presidente do Cresems, Helton Pfeiffer, de Salgado Filho, disse que os municípios precisam "chegar a uma solução para esta situação do Hospital São Francisco". A direção do hospital já tinha levado a situação ao conhecimento do Cresems na reunião do dia 14 de julho para que os secretários de Saúde repassassem os dados aos prefeitos. Presidente da ARSS, Beto Arisi disse que os R$ 2 per capita "é um aumento preocupante para cada administrador".
Outros prefeitos manifestaram-se preocupados com os valores apresentados. Cezar Bueno, de Bom Jesus do Sul, disse que seu município "não tem condições de pagar dois reais per capita". Luiz Bandeira, prefeito de Marmeleiro, disse que aumentar de R$ 0,30 para R$ 2 "é quase inviável". Marlon Kuhn, prefeito de Planalto, um dos municípios inadimplentes com o hospital, fez um relato sobre os diversos compromissos que os executivos estão tendo que assumir.
"Vejo com preocupação e nada confortável com uma dívida de sessenta mil", comentou Marlon. Ele lembrou que vários consórcios intermunicipais foram criados e, com isso, as prefeituras estão arcando com mais despesas fixas (mensais). "Nós estamos muito preocupados com a situação do nosso município", disse. Planalto teve redução nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) devido à constatação, no Censo de 2010, de um morador a menos.
Já o prefeito Cantelmo Neto (PMDB) fez um rápido pronunciamento, já que teria outro compromisso, e antecipou que "nós vamos acompanhar a decisão dos demais municípios". Mas lembrou que a prefeitura já paga R$ 0,60 per capita e que "duzentos e sessenta por cento é deveras preocupante". Ele acrescentou que "se decidirem por dez, vinte ou cinquenta, juntos, mas duzentos e quarenta é difícil".  Pelos cálculos de Neto, a despesa da prefeitura saltaria dos atuais R$ 47 mil para R$ 160 mil.
Ficou marcada para a próxima segunda-feira, dia 29, às 14 horas, na Amsop, uma nova reunião, somente com os prefeitos para que seja criada uma comissão de cinco deles que vai discutir com a 8ª Regional de Saúde, Hospital São Francisco e a Prefeitura de Beltrão os novos valores. Há também a intenção de conseguir um aporte do governo estadual.
fonte: Jornal de Beltrão
O prefeito Cantelmo Neto discursa na reunião.

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