Temor de desapropriação que estava centralizado em Terra Roxa e
Guaíra chegou ao município
A questão da demarcação das terras indígenas que até então estava centralizada em Terra Roxa e Guaíra, onde ao menos 18 áreas já foram ocupadas, começa a se espalhar pela região Oeste do Paraná. Santa Helena é mais uma das cidades preocupadas com a possível desapropriação de áreas produtivas e alia-se aos produtores rurais dos demais municípios contra a demarcação.
Diante da possibilidade de a Funai (Fundação Nacional do Índio) demarcar uma área de 100 mil hectares na região, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santa Helena, Flávio Back, tem incentivado os filiados a cobrarem das autoridades ações que inviabilizem a medida. “O primeiro passo é fazer cobranças, pois são os deputados federais e os senadores que podem reverter essa situação. O sindicato também promoveu uma palestra para esclarecer aos associados sobre a relevância desse tema. Percebi que eles ficaram bem receosos, muitos já nem dormem mais direito”, diz.
Segundo ele, o agravante é a proximidade com uma aldeia com cerca de 70 índios, que vivem em uma propriedade de quatro alqueires cedida pelo Iapar (Instituto Agronômico do Paraná). “Ficamos com medo, pois há propriedades ali perto. Nunca se sabe quando algo mais drástico poderá acontecer”, afirma.
A reivindicação dos produtores é para que seja seguida a PEC 215, que transfere a questão da demarcação de terras indígenas do Poder Executivo para o Congresso Nacional.
Pedindo alto
No Oeste do Paraná, os índios da tribo Avá-guarani, distribuídos em Terra Roxa, Guaíra e Santa Helena, estão aguardando a demarcação de terras. Somente essa tribo exige, por meio da Funai, uma área que corresponde a 10% da área cultivável do Oeste. Em todo o País, as reservas indígenas já somam 113 milhões de hectares, o que corresponde a 13% do território nacional. Segundo a Funai, há ainda mais de 300 áreas em estudo.
| Vandré Dubiela |
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Área indígena cedida pelo Iapar é motivo de preocupação aos ruralistas
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