No final da tarde de quarta-feira, 25, um bebê do sexo masculino, recém-nascido, foi encontrado morto na Usina de Triagem de Resíduos Urbanos de Dois Vizinhos, o aterro sanitário de limpeza da Pequena Empresa de Meio Ambiente (Pema). O bebê estava em um saco plástico e, segundo informações do Instituto Médico Legal, de Francisco Beltrão, nasceu vivo, foi morto com uma pancada na cabeça e desovado no lixo. Ele media cerca de 50 centímetros, pesava 3.700 quilos e veio com um caminhão que passou pelos bairros da Luz, Torres, Centro Sul, Jardim da Colina, Jardim Marcante, Margarida Galvan, Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora de Lurdes. "O nosso funcionário mexeu no saco plástico e imaginou que era uma boneca. Quando abriu o saco, percebeu que era um bebê. Ele ficou extremamente abalado e pediu para ir embora", diz Gilmar Perin, proprietário da Pema.
Gilmar comenta que todos na empresa estão em estado de choque. "Ninguém mais conseguiu trabalhar", completa. Francisco Robson Vidal Sampaio, delegado da 60ª Delegacia Regional de Polícia de Dois Vizinhos, foi um dos primeiros a chegar ao local. "Já pedimos o itinerário, esmiuçando todas as ruas que o caminhão passou. Nosso medo era que o veículo não conseguisse ser identificado. Agora vamos fazer uma investigação pesada, estilo pente fino, nos bairros e ruas, para saber quais mulheres estavam grávidas nessas regiões. Vamos pesquisar com prefeitura, projetos sociais e comunidade", diz. Ele destaca a covardia do crime.
"Essa mulher não pode ser chamada de mãe. A criança não teve defesa, foi morta e abandonada, provavelmente, logo depois de nascer. Vamos trabalhar com muito afinco para resolver esse crime", completa. O corpo fica no IML de Beltrão por um mês. Caso a família não apareça, será enterrado como indigente. O delegado pede apoio da população para resolver o caso. O telefone de contato da delegacia é (46) 3536-1202.
O caso é o terceiro de abandono de bebês ou fetos no mês de setembro. Os outros dois aconteceram em Santo Antônio do Sudoeste e em Pato Branco. Há um caso também de morte de recém nascido, ainda em processo de investigação, em Guarapuava, onde a mãe alega que deu a luz involuntariamente em uma patente ao ir fazer as necessidades fisiológicas.

fonte: Portal RVP
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