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O vereador José Adams Brizola (PSL) está elaborando um projeto de lei que proíbe o uso de narguilé (cachimbo de origem oriental) em locais públicos da cidade. Em Cascavel, Foz do Iguaçu e São Miguel do Iguaçu já existem leis semelhantes, onde a proibição é voltada especificamente às crianças e aos adolescentes e ao uso em locais públicos, como "praças de lazer, espaços esportivos ou qualquer local onde houver concentração ou aglomeração de pessoas". O vereador observar que uso deste aparato está disseminado no município e as pessoas não têm consciência dos riscos que traz à saúde.

Nas cidades onde o uso do narguilé foi proibido, os estabelecimentos que comercializarem o produto, inclusive o fumo e demais componentes para o seu uso, ficam obrigados a solicitar o documento de identidade que comprove a maioridade do comprador e que tais componentes devem ficar isolados de outras mercadorias como produtos alimentícios. Quem descumprir a lei estará sujeito às sanções previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente, como multa e prisão em caso de reincidência. O menor flagrado em local público fazendo uso do narguilé será encaminhado ao Conselho Tutelar.

Riscos para a saúde

O médico pneumologista Redimir Goya afirma que as doenças provocadas pelo narguilé são as mesmas que o cigarro. "Mais o narguilé é bem mais prejudicial do que o cigarro. A inalação de substâncias tóxicas é bem maior que o cigarro, e o individuo não se dá conta da quantidade inalada." Ele alerta ainda sobre as doenças provocadas pelo compartilhamento do narguilé, entre as quais: hepatite, influenza, herpes, e outras doenças infecciosas. Sem contar, que o uso prolongado do narguilé provoca câncer de estomago, esôfago, boca, pulmão, bexiga e vias aéreas altas. "Aumenta o risco de doenças cardíacas e neurológicas como o infarto e o derrame cerebral. Também está associado ao desenvolvimento de bronquite e enfisema", ressalta.          

O médico salienta que a inalação de substâncias tóxicas é bem maior que no cigarro convencional. Assim como no cigarro, os fumantes passivos (aqueles que inalam a fumaça do narguilé) correm o risco de desenvolverem várias doenças. As crianças, principalmente, pois apresentam maior incidência de gripes, pneumonias, otite, rinosinusites, asma e bronquites. Por isso, a importância de se proibir o uso de narguilé em locais fechados e de grande concentração de pessoas.


Mais tóxico e mortal que o cigarro

Redimir observa que os pais devem procurar se informar e dialogar com os filhos, expondo a toxicidade do narguilé. Além da dependência, pela exposição da nicotina, é possível colocar outras substancias tóxicas no aparelho. Como qualquer outro produto derivado do tabaco, o narguilé contém nicotina e as mesmas 4.700 substâncias tóxicas do cigarro convencional. Porém, de acordo com uma análise do Inca (Instituto Nacional do Câncer), sua fumaça contém quantidades superiores de nicotina, monóxido de carbono, metais pesados e substâncias cancerígenas do que a fumaça do cigarro.

O pneumologista cita estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS), segundo o qual, uma sessão de narguilé dura de 20 a 80 minutos e pode ser comparada a toxicidade de até 100 cigarros. "As gestantes têm o risco aumentado de aborto, parto prematuro, anomalias congênitas", reforça.





fonte: Jornal de Beltrão

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