Salário mensal do prefeito Reni Pereira (PSB) é de R$ 20.957,02.
Diretor geral da unidade de saúde, por exemplo, recebe R$ 25 mil por mês.
O vereador da Câmara Municipal de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, Nilton Bobato (PCdoB), denunciou, durante sessão realizada na terça-feira (8), a folha de pagamento da Fundação Municipal de Saúde que administra o Hospital Municipal da cidade. Segundo ele, os salários são maiores do que o do prefeito Reni Pereira (PSB), que recebe R$ 20.957,02. A legislação municipal não permite que funcionários que prestem serviços ao município ganhem mais que o prefeito.
A unidade de saúde era administrada pela organização Pró-Saúde desde 2010 e passou a ser gerida pela Fundação Municipal de Saúde em junho de 2013. A mudança obedeceu a exigência do Ministério Público, que considerou impróprio o modelo adotado pelo ex-prefeito.
“Muito altos. Muito além de qualquer parâmetro de mercado existente na cidade e, na nossa avaliação, salários ilegais, porque os salários do diretor presidente e dos diretores de segundo escalão são superiores ao salário do prefeito de Foz do Iguaçu. Pela nossa legislação municipal ninguém que presta serviço ao município pode ganhar mais do que o prefeito”, esclareceu o vereador. Segundo ele, a Câmara vai criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o pagamento dos valores.
O vencimento mensal do diretor-geral, por exemplo, é de R$ 25 mil. A pessoa que ocupava o mesmo cargo pela Pró-Saúde recebia R$ 16 mil por mês. O diretor técnico recebia R$ 5 e passou para R$ 20 mil. O diretor administrativo, que antes ganhava R$ 11 mil, o salário, atualmente, é de também R$ 20 mil. O aumento nos gastos com relação à antiga diretoria que administrava o Hospital Municipal chega a quase R$ 110 mil por mês.
Por outro lado, os outros 524 funcionários recém-contratados pelos administradores do Hospital Municipal denunciaram ao Sindicato de Saúde que não estão recebendo parte dos vencimentos. “Está faltando adicional noturno, horas extras que não foram pagas, a insalubridade que a gente precisa regulamentar.
Esses benefícios não foram pagos. Então, isso está gerando uma série de transtornos, um descontentamento geral pela categoria que está trabalhando dentro do Hospital Municipal, disse o presidente do sindicato da saúde de Foz do Iguaçu Paulo Sérgio Ferreira”.
Em nota, a Fundação Municipal de Saúde informou que só vai se pronunciar sobre os cargos e salários dos colaboradores para órgãos fiscalizadores competentes. Disse, ainda, que os cargos e salários foram definidos pelo Conselho Curador, levando em consideração a experiência profissional requerida e o momento em que atravessava a transição.

fonte: G1 PR
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