Prefeitura de Curiúva, no norte, acatou o pedido e vai devolver o valor das inscrições.
A Prefeitura de Curiúva, na região norte do Paraná, anulou na quarta-feira (16) o concurso público e o teste seletivo que juntos iriam contratar 23 servidores para diferentes áreas. A decisão foi tomada depois que Ministério Público (MP) emitiu uma recomendação à administração municipal. De acordo com a promotoria, 186 questões das provas foram copiadas de outros concursos. A prefeitura também anulou a licitação que contratou a empresa responsável pela aplicação, elaboração e correção das provas.
A prova foi realizada no dia 22 de setembro deste ano, e as inscrições custaram entre R$ 30 e R$ 90. Segundo o MP, foi constatado que a empresa responsável não tinha no seu quadro de funcionários efetivos, profissionais das áreas que foram oferecidas no concurso e, por isso, precisou contratar especialistas de fora. A promotoria também encontrou problemas no tipo de licitação realizada. O órgão realizou pregão presencial, o que violou os princípios da impessoalidade e moralidade.
Em resposta, o prefeito Amadeu de Jesus da Silva (PT) enviou um ofício ao MP informando que anulou o concurso e que criou uma Comissão Especial de Investigação para apurar as irregularidades. Além disso, foi decretado, no Diário Oficial, que o dinheiro das inscrições será devolvido aos candidatos que apresentarem um requerimento junto ao município. Outra licitação, do tipo “melhor técnica” ou “técnica e preço” será realizada para contratar uma empresa especializada em concurso público.
O promotor Juliano Marcondes Paganini orientou a prefeitura que, caso um novo concurso seja realizado, o órgão dê preferencia a uma universidade pública para elaborar o concurso. "As universidades públicas são mais confiáveis e sabemos que elas possuem profissionais especializados, que são capazes de elaborar questões inéditas e não serão capazes de fraudar o concurso", defende o promotor. Paganini ainda afirma que está acompanhando a devolução do dinheiro por parte da prefeitura.
Os proprietários do Instituto CG, de Ponta Grossa, não foram localizados pelo G1 até a publicação desta reportagem.

fonte: G1 PR
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