Desde os tempos das bandas Supersonique, Camonha, Profecia, entre outras, Rodrigo Castellani, ou simplesmente Digão, sempre foi reconhecido por seu talento nato para a música. Com voz afinada e um timbre à la Bruce Dickinson, do Iron Maiden, logo nos primeiros shows da carreira o jovem conquistou fãs em Francisco Beltrão e região. Depois de arriscar em várias faculdades, tentando deixar pra trás o sonho da música e, quem sabe, seguir uma vida "normal", Rodrigo decidiu que viver de música, e apenas de sua voz, era o caminho certo. Hoje, o mais recente trabalho do cantor é à frente da banda Radiophonics, onde há pelo menos cinco anos, em Curitiba, ele tenta o estrelato.
Depois de tanta batalha, suor e lágrimas, foi na noite de quinta-feira, 17, que o carioca da gema e beltronense de criação e coração, teve talvez a maior chance de sua carreira profissional. Rodrigo Castellani subiu ao palco do The Voice Brasil no terceiro dia de audições às cegas e conquistou os jurados do programa da Rede Globo.
De cara, Lulu Santos virou, com jeito de quem dizia "que voz é essa"? Depois virou Carlinhos Brown, Daniel e Claúdia Leite. A loira ainda jogou charme ao músico: sentou na bancada e mandou beijinho.
Digão agradou os quatro técnicos do The Voice interpretando "Higher Ground", sucesso de Steve Wonder. Os jurados fizeram declaradamente uma disputa pelo músico. Claúdia Leite insistiu e jogou um "Vem pra mim, Rodrigo", mas Digão foi objetivo: "Eu vou ficar com o Lulu".
Na próxima fase, Rodrigo vai interpretar uma música escolhida pelo técnico. Agora, a disputa começa pra valer: é voz contra voz. É hora das batalhas entre os times.
Segura a emoção
Enquanto isso, nos bastidores do programa, onde ficam os familiares, estavam a mãe e a irmã de Digão, Nora Almeida Luz e Renata Castellani. De tão rápido que os jurados aprovaram o músico, Renata brinca que foi o apresentador Tiago Leifert que avisou: "Eles viraram". "Eu dei o primeiro berro, o primeiro de muitos", lembrou.
Para Renata, participar do programa e ser elogiado pelos técnicos já pode ser considerada uma vitória. Mas estar lá e vivenciar esse momento único "foi extremamente emocionante. Foi demais ver o Digão vindo ao nosso encontro super emocionado e segurar as lágrimas".
Com a palavra, Digão
Em seu perfil no facebook, Rodrigo postou na sexta-feira a seguinte mensagem: "Faltam palavras pra expressar o que estou sentido nesse momento, mas preciso fazer alguns agradecimentos mais que especiais, minha família, Radiophonics Banda, minha querida Francisco Beltrão e todas as pessoas que me apoiaram nessa batalha. Bjo e abraço gigante pra todo mundo!"
Na tarde de ontem, o Jornal de Beltrão conversou com o músico. Confira detalhes da entrevista abaixo:
JdeB - Como foi a seletiva para o programa? Onde e quando aconteceu?
Rodrigo - Então, Cris, a seletiva aconteceu em Porto Alegre [RS], no Hotel Mercuri, dia 28 de junho.
JdeB - Você já tinha em mente, desde o início, que iria cantar Steve Wonder na audição às cegas? Por que escolheu essa música?
Rodrigo - Era pra ser Darling, dos Beatles, mas não rolou. A editora que tem controle dos direitos autorais da música não quis liberar. Então me pediram pra escolher outros sons. Eu mandei uma lista e o Marcelo Sussekind, que é produtor, me ajudou a escolher Steve Wonder.
JdeB - Pergunta óbvia: quando os quatro viraram, o que passou pela sua cabeça?
Rodrigo - Subi as escadas, olhei pra galera batendo palma, ai pedi pra eles baterem mais (risos). Olhei então as cadeiras e tal e começou a música. Tava focado. Comecei a cantar e eles viraram. Foi uma sensação de alívio, de aprovação, saca? É foda pensar em decepcionar as pessoas, principalmente minha família, mas tudo poderia acontecer naquele momento. Foi uma felicidade com nervosismo!
JdeB- O que esperar a partir de agora, já que escolheu o time do Lulu, um dos mais fortes da competição?
Rodrigo - O lance é ter pé fincado no chão, não criar muita expectativa e fazer o melhor. Pra mim, ter passado já é demais, tô muito feliz.
JdeB - Houve uma galera que não curtiu que você não citou Beltrão no programa. Sei que você citou e foi editado. Mas então Digão, manda uma mensagem pra galera da City Bel?
Rodrigo - Beltrão é o melhor lugar no mundo, não importa onde eu estiver, eu sinto saudade forte no peito sempre quando penso no Sudoeste. Me sentiria mal se eu não falasse desse lugar tão importante na minha vida. Eu falei e falei assim “nasci no Rio de Janeiro, fui criado na minha cidade do coração Francisco Beltrão, Sudoeste do Paraná (nessa hora, Digão contou que Daniel quase gritou ‘eu conheço’) e hoje moro em Curitiba”. Fique triste por terem editado.


fonte: Jornal de Beltrão
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