Na última segunda feira, dia 14, completou seis meses do desaparecimento do garoto indígena Guarani, Gabriel Tupã de Quadros, 03 anos de idade. O menino despareceu no final da tarde do dia 14 de abril deste ano na aldeia onde morava na comunidade de Palmeirinha do Iguaçu, em Chopinzinho. Crianças que naquele dia brincavam próximas da rodovia, disseram ter visto um carro de cor escura que parou e depois de alguns instantes o motorista pegou Gabriel, colocou dentro do veículo e foi embora. O delegado de Chopinzinho, Sergio Cantarelli lembrou que na época do desaparecimento, uma equipe do SICRIDE, Serviço de Investigação de Criança Desaparecida de Curitiba, esteve na aldeia fazendo levantamento do suposto rapto da criança. Quinze dias após o desaparecimento de Gabriel, no dia 29 de abril, duas tias do menino, que passavam em um carreiro no meio de um mato, cerca de 600 metros da casa do menino, encontraram as roupas que à criança estava vestindo quando desapareceu. A polícia foi informada e durante novas buscas realizadas no local, foram encontrados além da camiseta, calção e o chinelo do garoto, restos mortais como ossos e cabelos, material que foi recolhido e encaminhado para a realização de DNA em Curitiba, no Laboratório Central.
Exame do material encontrado
Após seis meses, o delegado Dr Sergio Cantarelli, destacou que o inquérito policial não está concluído e continua tramitando na delegacia de Chopinzinho, onde segundo ele, foram ouvidas até o momento 17 pessoas entre parentes e moradores da região. O delegado disse que o que está retardando a investigação, é a demora da realização do exame do material encontrado que está em Curitiba e ainda não está pronto. Fomos informados que uma das dificuldades é a falta de material orgânico para fazer o exame, o que faz com que o DNA tenha que ser extraído dos ossos, o que é mais complexo e demorado, disse Cantarelli.
Outra alegação do laboratório para a demora, segundo o delegado, é o acumulo de serviços, tendo em vista que é o único laboratório existente em Curitiba, o qual centraliza os exames de todo o estado do Paraná, inclusive exames de investigação de paternidade. Sergio Cantarelli acredita que até o final deste ano, o resultado do exame de DNA esteja pronto e a investigação possa ter sequencia. Por enquanto a polícia trabalha com duas linhas de investigação, disse o delegado. Enquanto não temos em mãos o resultado do exame do material, não descartamos a primeira informação sobre o rapto do menino. Caso o exame confirme que os restos mortais são do Gabriel, vamos direcionar as investigações para o crime de homicídio, destacou Cantarelli.

Por Valdenir Lima
fonte: Portal RVP
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