Menu
 

A+ A-

Extorsão a luz do dia.

O Paraguai, via Foz do Iguaçu, é o paraíso para o brasileiro que busca produtos importados. Contudo, existem armadilhas que podem tornar suas compras em um verdadeiro pesadelo. A história que você compartilhará a seguir, pode servir de alerta para quem ainda não está acostumado com o comércio de além fronteira. Os fatos que seguem, foram vivenciados por um cidadão brasileiro que aproveitou o feriado da República para fazer suas compras de final de ano no país do “La garantia soy jo, señor”!!

“Oito da manhã e a fila na Ponte da Amizade já chega a mais de 1 km. Acesso o território Guarani com a ajuda de um moto boy que se ofereceu para servir de guia e não cobrou nada por isso, apenas pediu para que eu estacionasse em um determinado local, apenas frisou que eu deveria comprar em uma certa loja e exigir o carimbo do estabelecimento na nota de compra, pois isso me isentaria de pagar o estacionamento.
Deixei o carro no local e inicio a peregrinação de compras naquelas vielas que mais parecem o vai e vem das ruas da Índia, afinal, a lista de compras é enorme.

Esgoto a céu aberto e lixo em todo lugar é o cartão de visitas de Ciudad De Leste. Impossível achar um endereço no meio de tantas barraquinhas e quinquilharias. Perfumes, cintos, pessoas de sotaque carregado oferecendo desde estimulante sexual até noti buti na caixa. Só depois de parar e perguntar o que era o tal de noti buti é que caiu a ficha e percebi que o que o camelô estava oferecendo era um Notebook ainda lacrado dentro da caixa.

Depois de perder horas vagando pelos sombrios espaços do comércio local, é que consegui voltar até o estacionamento naquele porão mal iluminado. Como já estava tarde e eu precisava voltar logo, resolvi pegar o carro sem ter comprado nada naquela loja que o guia havia falado. Resultado: Paguei R$ 50,00 pelo tempo que deixei o carro lá. Pra complicar, a fila de volta ao Brasil estava enorme e infelizmente aceitei a ajuda de um “mui gentil” guia paraguaio, que sabia como chegar a alfândega cortando caminho. Bastava “molhar” a mão do guarda com R$ 10,00.

Fácil!!!

Acontece que depois do primeiro guarda paraguaio, havia um segundo guarda paraguaio que cobrou mais R$ 10,00 e havia mais um terceiro guarda paraguaio que também cobraria mais  10 só que agora eram U$ 10,00. O que antes era um auxílio pago para um guia, tornou-se extorsão mesmo.  Comecei me revoltar com o “mui gentil” guia, o qual me disse que se não pagasse, haveria uma multa de R$ 400,00. Nesta altura paguei R$ 10,00 ao “gentil” rapaz e mandei que multasse, pois já estava chegando à alfândega paraguaia.

Por fim, estava no Brasil com minha “importação” e respirando aliviado. Não sei se virá uma multa, mas uma certeza eu tive: a vontade de tornar realidade aquela piada que contam sobre uma determinada placa afixada num local remoto do país vizinho onde está escrito. “Neste local, um covarde brasileiro sozinho, matou 100 bravos soldados paraguaios”.  E agradeço aos céus por ter tirado meu “amansa louco” debaixo do tapete do carro antes de viajar, evitando assim, um incidente internacional.















Fonte: Portal RBJ

Postar um comentário

Oque você achou desta notícia? COMENTE AQUI

 
Top