Empresa não divulgou como será a política de reajustes, que causou atritos dentro do governo.
A Petrobras anunciou no começo da noite de ontem que o preço da gasolina aumenta 4% e o do diesel 8%. O aumento vale a partir de zero hora deste sábado. O percentual de reajuste será aplicado nas refinarias e também deve ser o mesmo nas bombas dos postos, para o consumidor final.
A Petrobras e o governo estavam estudando o aumento e iriam divulgá-lo na semana passada, mas a decisão foi adiada para agora. Também estava sendo avaliada uma nova metodologia de reajuste automático dos preços dos combustíveis, entre outros temas.
A empresa decidiu não divulgar como será a política de reajustes, que causou atritos entre a presidente Dilma Rousseff e a presidente da companhia. Graça Foster.
O Conselho da estatal aprovou a implementação de uma política de preços, mas "por razões comerciais, os parâmetros da metodologia de precificação serão estritamente internos à companhia", segundo nota distribuída pela empresa
Uma nova metodologia de reajuste foi proposta pela Petrobras na reunião de outubro do Conselho. Desde então, o ministro da Fazenda e presidente do Conselho, Guido Mantega, vinha dizendo que seria necessária uma análise mais profunda sobre essa fórmula e que uma decisão sobre o tema não poderia ser tomada de forma rápida.
A Petrobras (PETR3 e PETR4) tinha pedido ao seu Conselho de Administração uma nova política de preços, que previa reajustes automáticos e periódicos de combustíveis, conforme a necessidade de alinhamento com os valores praticados no mercado internacional.
A fórmula desagradou a presidente Dilma porque poderia aumentar a inflação e criar um mecanismo indesejável de indexação (aumentos automáticos sempre que uma determinada situação é atingida).
A indexação foi um dos problemas para o país controlar a hiperinflação que existia até os anos 90.

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