Descontada a inflação, o aumento real é de 137%. Na lista, estão R$ 762 mil guardados em casa ou em um cofre.
Na declaração à Justiça Eleitoral em 2014, passaram a integrar sua lista de bens dois barcos, um jet-ski e mais três automóveis. Entre as duas eleições, ele deixou de ser proprietário de um supermercado no Paraná.
A maior parte do valor de seu patrimônio vem de um terreno rural na cidade de Francisco Beltrão, estimado em R$ 3,1 milhões, que Meurer diz que já era seu.
Meurer, 72, está em seu sexto mandato seguido na Câmara. Ele não foi localizado para falar sobre o assunto.Ele é um dos 32 políticos do partido que tiveram pedidos de investigação autorizados no Supremo Tribunal Federal na semana passada.
O doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa disseram em depoimentos que Meurer recebeu, na campanha de 2010, ao menos R$ 4 milhões que tinham como origem propinas pagas na Diretoria de Abastecimento da Petrobras.
Próximo a José Janene, que comandava o partido até morrer em 2010, o paranaense foi descrito na delação como integrante de um grupo que liderava a sigla e distribuía dinheiro a colegas.
Youssef afirmou que os repasses mensais a Meurer e outros líderes da sigla, incluindo o ex-ministro Mario Negromonte (PP-BA), chegavam a R$ 300 mil mensais.
Em 2011, Meurer foi eleito líder do partido na Câmara. Youssef afirmou que a escolha ocorreu mediante “pagamento de valores” a correligionários, que somavam R$ 5 milhões.
O deputado durou poucos meses no cargo. À época, o PP vivia uma intensa disputa interna, que culminou com a saída de Negromonte do Ministério das Cidades. O doleiro afirmou que o motivo da rusga havia sido a diminuição dos repasses aos demais membros do partido diante de um “autofavorecimento” do grupo de líderes.
Felipe Bachtold/Folha:

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