Reprodução / Abaline
Uma lancha de um táxi náutico com dez pessoas, entre elas uma criança de 4 anos, afundou próximo ao trapiche de Encantadas na #Ilha do Mel, no Litoral do Paraná, no início da tarde desta quarta-feira (13).
Policiais militares que estavam no trapiche e outros barqueiros da Associação dos Barqueiros do Litoral Norte do Paraná (Abaline) ajudaram no resgate dos passageiros. Ninguém se feriu.
A embarcação que afundou estava a aproximadamente 200 metros da praia, em uma área com bancos de areia. A Capitania dos Portos do Paraná foi acionada e participou do resgate. Segundo a Abaline, a embarcação é particular e não pertence a nenhum associado com licença da Capitania para transladar passageiros.
“É uma embarcação clandestina de um pessoal que está sendo denunciado desde o inverno. Já avisamos todas as autoridades. Por 50 metros não aconteceu uma tragédia. Eles embarcam os passageiros em um terreno baldio, enganam os turistas em um procedimento sem condição nenhuma de embarque”, denuncia o presidente da Abaline, Ariovaldo Fernandes.
A lancha com nome “Sene” seria da Cooperativa dos Transportadores Náuticos Autônomos da Ilha do Mel (Cotranauta) e teria capacidade para apenas seis pessoas, mas transportava mais de dez. De acordo com o site da Secretaria do Esporte e do Turismo do Estado Paraná, a cooperativa tem licença para realizar “passeios para observação de golfinhos, com saída diariamente a partir das 9h do terminal de embarque do trapiche de Brasília”, do outro lado da Ilha. Ainda não há informações oficiais sobre as causas do naufrágio e condições da embarcação. Representantes da cooperativa não foram encontrados pela reportagem para comentar o caso.
A Capitania dos Portos informou por meio de nota que a embarcação estava com excesso de passageiros, mas tinha registro para operar.
“A ocorrência envolveu embarcação de Transporte de Passageiros na Praia de Encantadas, na Ilha do Mel; não houve mortes; não houve feridos; havia um tripulante e nove passageiros. Foi verificado que a embarcação estava com excesso de passageiros; a embarcação estava registrada na Capitania dos Portos do Paraná; todos foram resgatados pelo Corpo de Bombeiros; a embarcação já foi retirada da área; não houve poluição hídrica; não houve risco à segurança da navegação de outras embarcações; e a Capitania dos Portos do Paraná abrirá inquérito para apurar as causas do acidente. O prazo do inquérito é de 90 dias para conclusão, podendo ser estendido”, diz a nota.





