As planilhas citam os nomes do atual prefeito Gustavo Fruet (PDT), do secretário de Desenvolvimento Urbano Ratinho Júnior (na época, do PSC) e do deputado federal Luciano Ducci (PSB).
(Foto: Divulgação/Montagem Banda B)
A Polícia Federal tornou o acervo público nesta terça-feira (22), por meio da Lava Jato, coordenada pelo juiz federal Sergio Moro. Segundo o jornalista, as planilhas estavam com o presidente de Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa Silva Júnior, e foram apreendidas no dia 22 de fevereiro, durante a 23ª fase da Operação, batizada de Acarajé.
Pelos registros, Ducci teria recebido R$ 500 mil, Gustavo Fruet R$ 300 mil e Ratinho R$ 250 mil. Os documentos, no entanto, ainda não são prova de que houve dinheiro de caixa 2 da empreiteira para os políticos citados. Essas informações serão investigadas pela Lava Jato.
O outro lado
Por meio da assessoria, o prefeito Gustavo Fruet afirmou que nunca recebeu dinheiro da Odebrecht para campanha eleitoral. Além disso, ele destacou que a prefeitura de Curitiba não tem nenhum contrato com a empreiteira.
Procurada pela reportagem, a assessoria de Ducci declarou que, durante a campanha à reeleição, não recebeu recursos da Odebrecht. “Todas as doações de minha campanha estão com origem declarada na minha prestação de contas, seja pessoa física ou jurídica, aprovada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Sobre os recursos recebidos do diretório do PSB, em 2012, não tínhamos controle sobre sua origem. Vale destacar que a Prefeitura de Curitiba não mantinha contratos com a Odebrechet”, diz nota.
Já o secretário Ratinho Junior informou todas as doações recebidas em suas campanhas, inclusive as oriundas do Diretório Nacional do PSC, foram devidamente declaradas à Justiça Eleitoral, com prestações de contas aprovadas pelo TRE. “O deputado está de acordo e apoia incondicionalmente as investigações da Polícia Federal, Ministério Público Federal e da Justiça. Além disso, é a favor que sejam julgados e punidos todos os partidos e candidatos que, eventualmente, tenham recebido doações ilegais”, completou o texto.
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