Arantes: “Há indícios de conduta pessoal dolosa” (foto: Agencia Brasil/EBC)
Relator do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o deputado Jovair Arantes (PTB-GO) concluiu em seu parecer apresentado nesta quarta-feira (6), haver indícios de que a petista cometeu crimes de responsabilidade e, por isso, deve ter seu impedimento julgado pelo Congresso Nacional.
Levantamento do jornal O Estado de S. Paulo mostra que a Comissão Especial tem ao menos 32 votos favoráveis ao impeachment. São necessários 33 para que o parecer do relator seja aceito. O deputado citou a abertura de créditos suplementares por decreto presidencial sem autorização do Legislativo e a contratação ilegal de operações de crédito, as chamadas pedaladas fiscais.
Jovair repassou ao Senado a responsabilidade de decidir sobre a análise das denúncias decorrentes da Operação Lava Jato, inclusive as denúncias da delação premiada do ex-líder do governo no Senado Delcídio Amaral (sem partido-MS). Apesar disso, o deputado considerou os fatos "extremamente graves e relevantes". "Considero que há sérios indícios de conduta pessoal dolosa da Presidente", afirmou. Também disse que a presidente pode ser responsabilizada por atos cometidos em seu mandato anterior (2011-2014) e deu brechas para que se apresentem novas provas.
O texto de 128 páginas será discutido nesta quinta-feira (7) na comissão e votado na segunda-feira (11).
Governistas
Deputados governistas questionaram o parecer do relator da comissão especial do impeachment, Jovair Arantes (PTB-GO). Jandira Feghali (PCdoB-RJ) questionou o fato de Arantes ter citado denúncias que não constam no pedido inicial de abertura de processo de afastamento da presidente. “Este relatório, como está, não pode ir a debate, ir a voto. É um relatório ilegal e inconstitucional”, falou ela.
