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Em duelo rápido, seleção faz 3 sets a 0 nas hermanas e chega à segunda vitória.

O JOGO

Sheilla sobe à rede, solta o braço e lamenta já na descida, ao ver a bola parar fora dos limites da quadra. Levanta, balança a cabeça, acerta o short e se prepara. No lance seguinte, ainda no primeiro set, ela repete os mesmos passos, mas de forma certeira. Bicampeã olímpica, Sheilla não é de aceitar muito bem o erro, mesmo quando eles não fazem muita diferença na conta final. Nesta segunda-feira, contra a Argentina, porém, pouco errou. Pelo contrário: guiou o Brasil a uma vitória rápida no Maracanãzinho, em sua segunda partida nos Jogos do Rio. Triunfo em 3 sets a 0, parciais 25/16, 25/19 e 25/11. Como de costume, Sheilla foi rápida, forte e precisa.

Sheilla foi destaque no triunfo brasileiro no Maracanãzinho nesta segunda-feira (Foto: Marcelo Del Pozo/REUTERS)

No fim da partida, o gesto da estreia foi repetido. Em festa com a torcida, as meninas da seleção fizeram um trenzinho, festejando com o público do Maracanãzinho.

Sem perder sets, o Brasil chega à segunda vitória pelo grupo A da competição. A seleção volta à quadra na próxima quarta-feira, às 22h35m, contra o Japão.

O caminho se indicava tranquilo. Sheilla fez o primeiro, Natália marcou o segundo. Mas a Argentina, em sua primeira Olimpíada, não queria se entregar assim, tão facilmente. Quando Sosa, central que atuava no Rio do Sul e assinou com o Pinheiros para a próxima temporada, foi para o saque, a coisa chegou a se complicar. As hermanas passaram à frente (5 a 4), mas o sufoco foi passageiro. No ataque de Juciely, 11 a 7 para as donas da casa.

Meninas do Brasil comemoram ponto contra argentinas (Foto: Marcelo Del Pozo/REUTERS)

Dani Lins foi para o saque e marcou dois aces em sequência. As argentinas se esforçavam. Fosse para esquerda, direita, centro ou seja lá para onde, tinha uma hermana se jogando como se não houvesse amanhã. Quando conseguiam mandar de volta para o outro lado, porém, aparecia uma Sheilla pelo meio para cravar na quadra rival. O Brasil também tinha Natália. Duas vezes seguidas, mandou a bola ao chão argentino e fechou a conta: 25/16.

Novo set, então foram lá elas de novo. Como no início da primeira parcial, a argentina lutava. Em um primeiro momento, se manteve grudada ao Brasil no placar. As hermanas até mostravam suas qualidades, mas parecia pouco. Quando Castiglione atacou para fora, o Brasil já tinha 10/7 no placar.

Era um clássico, mas apenas por pura formalidade. Rispidez? Apenas nas vaias da torcida brasileira contra as rivais. Sheilla, em uma pancada na saída da rede, acertou o rosto da líbero Rizzo. Um pedido de desculpas, um aceno do outro lado e tudo bem, sem problemas. O fôlego argentino, mais uma vez, acabou rápido. No golpe de Sheilla, a bola caminhou pela fita da rede e caiu do outro lado, fechando a parcial: 25/19. 

No terceiro set, um roteiro ainda mais simples. As argentinas, dessa vez, facilitaram. Passaram a cometer erros bobos, abrindo o caminho para a vitória brasileira. Zé, então, voltou a fazer testes. Mandou Jaqueline, Gabi, Fabíola e Adenízia para a quadra. O triunfo veio de forma rápida: 25/11, depois de ponto de Gabi.

Confira outros resultados do dia:

China 3 x 0 Itália (25/21, 25/21 e 25/16) – Grupo B
Japão 3 x 0 Camarões (25/20, 25/15 e 25/17) – Grupo A
EUA 3 x 2 Holanda (18/25, 25/18, 21/25, 25/20) – Grupo B
Sérvia 3 x 0 Porto Rico (29/27, 25/18 e 25/20) – Grupo B
Rússia 3 x 1 Coreia do Sul (25/23, 23/25, 25/23, 25/15) – Grupo A



Por Danielle Rocha e João Gabriel Rodrigues - Globo
 
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