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Passeata que saiu da Praça Santos Andrade e segue até o Palácio Iguaçu deixa trânsito complicado no Centro. Marcha relembra dia 30 de agosto de 1988, quando manifestação foi reprimida de forma violenta

Professores e servidores da educação pública do Paraná protestam em Curitiba nesta sexta-feira (30) no dia que marca os 25 anos do conflito com policiais que ocorreu em um protesto no Centro Cívico da capital em 1988. Além de docentes da cidade, representantes do interior vieram em quase 70 ônibus para participar da manifestação, que começou nesta manhã na Praça Santos Andrade e se deslocou até a Praça Nossa Senhora da Salete.

A Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) orienta o trânsito, que é bastante complicado principalmente no cruzamento da Avenida Cândido de Abreu, no cruzamento com a Rua Barão de Antonina. Eles estão no local desde o meio-dia. Por volta das 10h30, eles saíram do ponto de encontro, seguiram pela Rua Marechal Floriano e foram até a Avenida Marechal Deodoro da Fonseca. Depois de contornem a Praça Tiradentes, os protestantes seguiram pela Rua Barão do Serro Azul e percorreram a Avenida Cândido de Abreu até a Praça Nossa Senhora da Salete. Neste local, uma comitiva do sindicato foi recebida pelo governo para uma reunião.

O vice-governador Flávio Arns foi quem conversou com a coordenação dos manifestantes e apresentou uma proposta para atender parte das reivindicações da categoria. O governo se comprometeu a pagar 0,6% sobre o valor do piso em uma folha complementar no mês de setembro para os professores, e 3.8%, também sobre o piso salarial, para os trabalhadores das escolas.

Além disso, Arns garantiu que ainda haverá o pagamento de promoções em folha complementar e também a concessão de um reajuste na folha normal, relativo às progressões de carreira que estão em atraso.

A categoria aprovou a proposta em uma assembleia realizada logo após a reunião. No entanto, o sindicato que representa os professores da rede estadual afirmaram que caso as propostas não sejam pagas até o dia 10 de setembro, uma nova assembleia será realizada para definir o rumo das mobilizações da classe.

Mais cedo, a presidente da APP, Marlei Fernandes de Carvalho, tinha dito que os professores tinham plano de acampar em frente à sede do governo caso a proposta não fosse satisfatória. “O governo já conhece as nossas reivindicações, a única resposta que a categoria quer hoje é o pagamento. Nos devem mais de R$ 40 milhões em pagamento de progressões, promoções e implantação do piso salarial. Queremos sair daqui com uma folha de pagamento complementar”.

A professora Tereza Lemos, coordenadora da APP Curitiba Norte, também citou a dívida e criticou a postura do ex-governador Álvaro Dias sobre a manifestação. "Hoje é uma data simbólica porque completa 25 anos que foi ordenado o massacre dos educadores e da educação do Paraná. Nunca mais os professores trabalharam ao dia 30 de agosto em repúdio a esse acontecimento. Hoje, o ex-governador Álvaro dias erra de novo quando não admite que houve violência [por parte do governo na ocasião]".

Acidentes causaram atrasos na manifestação

Houve atraso do grupo de professores na hora de partir da Praça Santos Andrade para o Centro Cívico – prevista inicialmente para as 9h30. A chegada dos ônibus do interior foi prejudicada poucos quilômetros antes da entrada de Curitiba devido a um congestionamento. De acordo com a concessionária Rodonorte, por volta das 8h20, no quilômetro 112 (região de Campo Largo) da BR-277, na chegada do interior a Curitiba, um engavetamento envolveu cinco veículos. Ninguém ficou ferido no acidente, mas o fluxo ficou bastante prejudicado. Além disso, pouco mais cedo, uma colisão entre dois carros ocorreu no quilômetro 107 da mesma estrada. Ambas as ocorrências foram normalizadas e as 10 horas já não havia reflexos no trânsito da região.

Interior

Pelo menos 20 cidades do interior confirmaram a realização de manifestações para esta sexta. A maioria delas ocorre pela manhã. Integram a lista de cidades: Apucarana, Assis Chateaubriand, Campo de Mourão, Cascavel, Cornélio Procópio, Congoinhas, Urai, Santa Mariana, Bandeirantes, Leópolis, Ribeirão do Pinhal, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Jacarezinho, Laranjeiras do Sul, Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Toledo e União da Vitória.

Jonathan Campos/Agência de Notícias Gazeta do Povo / Concentração para o protesto dos professores ocorreu na Praça Santos Andrade, em frente à UFPR

fonte: Gazeta do Povo

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