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Governo estuda pedido da Petrobras, que reivindica novo reajuste em função de seus preços estarem defasados


Governo estuda pedido da Petrobras, que reivindica novo reajuste em função de seus preços estarem defasados (Foto: Maya Diaz/Diário do Sudoeste)
Recentemente, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o preço da gasolina está defasado e que o governo examina o pedido da Petrobras para realizar um novo reajuste no preço do combustível. “A Petrobras esta reivindicando elevação dos seus preços, até porque eles estão muito defasados. Eles não têm realizado aumentos regulares de preço, mas episódicos”, disse o ministro.
Segundo ele, “é preciso examinar” o pedido da empresa, o que já está sendo feito pelo Ministério da Fazenda, pelo Conselho de Administração da Petrobras e pelo próprio Ministério de Minas e Energia. Ainda segundo Lobão, “nenhum aumento de preço é bom”, por isso, ainda não foi confirmada que será atendida a reivindicação. “Estamos examinando”, completou.
Mas, o aumento no preço do combustível pode estar cada vez mais perto, muito porque o dólar está em constante aumento no mercado financeiro. Para o presidente do Sindicombustíveis do Paraná, Roberto Fregonese, a elevação do preço pode acontecer tanto esta semana quanto nas próximas. “Isso é nacional, o Brasil compra combustível 30% mais caro do que vende aqui dentro. Essa variação não era tão grande até o dólar disparar e isso, logicamente, afeta fortemente o balanço da Petrobras. Então, o governo, que vinha fazendo política com o preço de combustível, chega ao momento em que não tem mais de onde tirar: ou ele quebra a Petrobras ou ele aumenta o combustível”, explica Fregonese, ressaltando que sobrou para a população pagar a conta.
O reajuste no preço deverá ser escalonado, ou seja, um pouco de cada vez. Fregonese conta que se fosse para tirar toda a defasagem atual – hoje em cerca de 30% - o preço subiria até R$ 0,40. Mas, de forma gradativa, o primeiro aumento deverá ser de até R$ 0,15, e assim sucessivamente.
“Neste governo não conseguimos fazer uma leitura, uma hora eles dizem uma coisa, outra hora muda, não tem firmeza no que falam. Isso gera essa situação”, ressalta o presidente do Sindicombustíveis relatando o possível aumento já mencionado há tempos.
Qual o preço justo?
Hoje no Paraná os preços variam entre R$ 2,89 e R$ 2,99, conforme informações do Sindicombustíveis, “exceto Curitiba, que é uma cidade atípica, que tem guerra de preços e que não são reais”, conta Fregonese.
Questionado se o reajuste acontecerá de forma justa, o presidente do Sindicato dia que se observar a economia de mercado, não adianta ficar subsidiando gasolina, porque não há o produto no país, é preciso comprar de fora. “O governo não fabrica dinheiro, ele vem dos impostos da população, mas isso estoura lá na frente”, comenta.
Para ele não existe somente coisas ruins com isso, mas muitas coisas boas, como a viabilização do álcool, onde, para ele, o Brasil deveria ser o grande produtor de etanol, dentro do país e para o mundo, mas foi inviabilizado pela prática do subsídio da gasolina que o governo resolveu fazer.

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