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Está em andamento no Fórum da Comarca de Francisco Beltrão o julgamento do agricultor Gilmar Reolon, 49 anos. O auditório do tribunal do júri está completamente lotado e a expectativa é que a sentença seja proferida ainda hoje pela juíza de Direito Juliane Velloso Stankevecz.



O advogado de defesa Gilberto Richthcik disse para a imprensa que tentará derrubar algumas qualificadoras, uma delas a morte por meio cruel. “O Gilmar faz questão de confessar, mas vamos trabalhar para atenuar a pena. O meio cruel é quando a pessoa demora para matar, visando o sofrimento da vítima. Não é isso que indicam os laudos dos legistas.”

A juíza abriu os trabalhos por volta das 9h20 fazendo a chamada dos jurados. Dos 25 cidadãos convocados, 21 compareceram ao Fórum.

Gilmar Reolon é réu confesso de seis assassinatos: seu pai Otávio Reolon, 65 anos, em maio de 2009; sua esposa Gema Casanova, 43, o casal de filhos Gissele Indianara, 14, e Gian Lucas, 9, e a sogra Petronília Strosmovski Casanova, 84, em janeiro de 2010; e Indiamara Pereira dos Santos, 13, em fevereiro de 2010. Todos os supostos crimes estão divididos em três processos (a morte do pai, da família e da adolescente). Em comum acordo, Justiça, Ministério Público e defesa decidiram realizar um único julgamento.



O Ministério Público, representado pelo promotor de justiça Roberto Tonon Júnior, pedirá pena máxima de 150 anos. Das seis testemunhas intimadas pela acusação, cinco foram dispensadas. Apenas o irmão de Gilmar Reolon, Idemar, foi chamado para prestar seu depoimento, que preferiu contar sua história sem a presença do réu. Ele relembrou cada um dos detalhes do episódio da morte do pai, Otávio, e se emocionou bastante durante o relato. 



Está atuando como assistente de acusação a advogada Débora Maciel. O júri chamou a atenção de toda a imprensa, estão cobrindo a sessão a RPC TV, TV Guará, TV Sudoeste, TV Beltrão, TV Tarobá, Rádio Onda Sul, Rádio Educadora e Jornal de Beltrão.


Rosa Maria Pereira dos Santos, 45 anos, mãe da adolescente Indiamara, sentou na primeira fila para acompanhar o júri do homem acusado de matar sua filha. “Eu só espero que justiça seja feita. Esse sentimento de dor nada mais vai apagar. Tudo isso foi muito triste, porque além de matarem minha filha prenderam meu irmão na época.” Ela diz que a condenação pode amenizar o sentimento de tristeza, mas não supre a ausência de sua filha que era considerada uma adolescente meiga e divertida. “Ela sempre me obedeceu e era uma menina muito educada”, disse. 


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