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Na manhã deste sábado (2), 58 casas do Conjunto Habitacional Vila São Pedro foram invadidas em Pato Branco. Inaugurado na terça-feira (29), os beneficiários teriam até o dia 10 de janeiro para ocuparem as suas novas residências.

Ao todo, foram 180 famílias contempladas com moradias, neste loteamento situado entre os bairros São João e Alto da Glória. Elas faziam parte de um cadastro habitacional da secretaria de Assistência Social, sendo que a seleção dos beneficiados foi feita por meio de sorteio.

Jocemar Kamisck, uma das contempladas com moradia, conta que levou um susto neste sábado pela manhã, quando iriam fazer a sua mudança. “Achamos melhor esperar passar o feriado para fazer a mudança, pois precisávamos ver a questão da luz. Porém, ao chegarmos em nossa casa, ela já estava ocupada, cheia de móveis”, relatou.

Ela, que estava bastante nervosa, disse que percebeu que a porta dos fundos estava arrombada. “Agora esperamos que a lei, a justiça seja cumprida, porque isso não é justo. Afinal, foram quase três anos esperando para ter minha casinha e agora que consegui acontece isso”, completou.

Segundo informações do chefe da Divisão de Políticas Habitacionais da secretaria municipal de Assistência Social, Paulo Ricardo de Souza Centenaro, tanto o setor, quanto a Polícia Militar de Pato Branco estiveram durante o dia todo no local, a fim de conscientizar as pessoas que invadiram as residências.

“Até o final da tarde deste sábado, das 58 casas invadidas, 21 conseguimos fazer a remoção sem a necessidade de vias judiciais. Ou seja, apenas 37 continuam ocupadas, as quais estamos tentando fazer a conciliação”, disse.

Ele conta que, caso haja ainda resistência — por parte dos invasores —, a Prefeitura já está com uma equipe jurídica pautada, à disposição de todos os mutuários, “para que possamos fazer o quanto antes a reintegração de posse de todos que foram de fato contemplados”, garantiu.

Segundo Centenaro, grande parte das pessoas que invadiu as residências alega que fez isso por não ter sido contemplada e não ter onde morar.

“Entretanto, lembramos mais uma vez que o empreendimento faz parte do programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal, sendo direcionado às famílias que tenham renda familiar entre R$ 0 e R$ 1.600, bem como para munícipes que tinham suas casas em situação de risco. Para serem escolhidas, houve um sorteio e, em nenhum momento, tratou-se de uma indicação”, observou.

Ele ainda finaliza: “Entraremos em contato com todas as famílias que foram prejudicadas, já passando todos os procedimentos que serão adotados, sobretudo às orientações jurídicas”, concluiu.

Texto: Diário do Sudoeste
Fotos: What's




 
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