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O secretário chefe da Casa Civil do Paraná, Valdir Rossoni, falou nesta terça-feira (4) sobre o projeto de lei encaminhado à Assembleia Legislativa que suspende o reajuste salarial do funcionalismo público. Segundo Rossoni, o governo sabe que a situação é desconfortável, mas se justifica em razão de uma crise sem precedentes que reduziu a arrecadação. “Se não enfrentarmos essa realidade hoje, nós enfrentaremos ano que vem uma realidade muito pior. Vamos ter que chamar o servidor e dizer: olha, não temos recursos para pagar os salários de vocês”, afirmou. O Fórum das Entidades Sindicais do Paraná, que reúne 22 categorias, disse que recebeu com indignação o projeto e já convocou assembleia para deliberar sobre greve geral.

Coletiva de imprensa com o chefe da Casa Civil do Governo do Paraná, Valdir Rossoni, sobre a proposta da lei orçamentária de 2017.Curitiba, 04/10/2016.
Foto: Orlando Kissner/ANPr

Coletiva de imprensa com o chefe da Casa Civil do Governo do Paraná, Valdir Rossoni, sobre a proposta da lei orçamentária de 2017.Curitiba, 04/10/2016.
Foto: Orlando Kissner/ANPr
Foto: AEN
Em entrevista coletiva, Rossoni criticou o governo Dilma Rousseff e disse que pelo menos outros 20 estados não concederam reajuste para os servidores públicos em função da queda de arrecadação. “O que nós não queremos é que se repita no Paraná o mesmo que acontece em vários estados brasileiros, que estão parcelando salários”, comentou Rossoni.

O Fórum das Entidades Sindicais do Paraná, porém, questiona os valores do governo. Segundo a coordenadora do fórum e secretária de Finanças da APP-Sindicato, Marlei Fernandes, a categoria recebeu com indignação a proposta. “É mais uma tentativa de calote que o governo tenta aplicar no funcionalismo. A APP-Sindicato já deliberou por greve se algo assim fosse enviado para a Assembleia Legislativa e vamos nos reunir novamente no fim de semana. Acreditamos sim que o governo pode pagar o que deve”, disse.

Rossoni afirmou ainda que o Governo do Paraná vai pagar promoções e progressões para todos os servidores públicos estaduais a partir de janeiro de 2017. “Estamos primeiro priorizando pagar as progressões e as promoções dos servidores. É um passivo que existe, e temos que saldar isso. Depois de saldar vamos negociar com os servidores o reajuste do ano que vem. Não há dinheiro para as duas coisas ao mesmo tempo”, disse.

As assembleias das categorias estaduais devem acontecer durante o fim de semana. Caso seja deflagrada greve, ainda não há data para o início.



Fonte: bandab
 
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